Arquitectura de Computadores
Lic. Matemática & Ciências da Computação, 2º ano
2004/2005
Docente responsável: A.J.Proença

 

Reflexão

Inquérito ao funcionamento da disciplina | Reflexão crítica

Ultima Modificação: 24 Jan 2006

 

 departamento de informática

 

Inqúerito ao funcionamento da disciplina

Em meados do semestre foi elaborado um inquérito anónimo simples durante uma aula teórica:

Foram apresentados vários tópicos/sugestões, os quais poderiam ou não ser utilizados; a lista que se segue inclui os que foram referenciados por mais que um estudante,quer os sugeridos pelo docente, quer os acrescentados pelos estudantes:

Responderam ao inquérito 35 estudantes, sendo 16 de 1ª inscrição na disciplina.
Serão referidos apenas os resultados que tiveram impacto >10% dos inquiridos (foi atribuído a cada tópico referido um peso inversamente proporcional à ordem relativa em como foram indicados nas respostas ao inquérito):

Por curiosidade: os dados do levantamento da carga média horária que cada estudante dedicava à disciplina (no contexto de ECTS), obtidos durante 5 semanas consecutivas a meio do semestre (apanhando as datas do 1º e do 2º teste), mostrou uma carga média de 9h/semana.
 

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Reflexão crítica

A última questão que foi apresentada no 1º teste foi a seguinte:

Pretendia-se com esta questão exercitar o espírito de análise crítica do pensamento e a capacidade de síntese na comunicação escrita.

Prémio posteriormente divulgado: uma memória FLASH USB 2.0 com 128MB de capacidade.

Foram recebidas 27 contribuições; destas 3 foram consideradas dignas de uma referência especial, pelo que foram atribuidos mais 2 prémios simbólicos (caixa com 10xCD-R) que descriminassem de forma positiva estas 2 contribuições (uma delas de um estudante do 2º ano que entrou para a Universidde em 2003/04).

1º Prémio:

Um nível de empenhamento superior

O estudante universitário, como alguém que deseja ir mais além na aprendizagem, tem que, conscientemente, se comprometer a um nível de empenhamento superior. É minha opinião que, em geral, o aluno (português) recém-chegado à universidade enfrenta grandes dificuldades de adaptação, resultado em casos limites da péssima preparação e da excessiva exigência de que é alvo. Mas mudar esta situação implicaria mudar toda uma cultura o que estará perto do impossível a curto prazo e será de muito dificil realização a médio e longo prazo. Logo resta tentar criar um modelo de aprendizagem que permita suavizar a transferência.
Em termos de memorização e compreensão, diria que é bem mais elevada a percentagem de alunos que procuram a memorização que a de alunos que procuram balancear as duas. Daqui resultam conflitos entre as exigências dos professores e as expectativas dos estudantes. Uma exigência gradual será sem dúvida a melhor opção, preparando o aluno e simultaneamente mantendo as metas pretendidas.
Faço o exercício de me colocar no lugar do professor. É óbvio que se quero ser capaz de transmitir os conteúdos, necessito encontrar um modelo que funcione e que permita retirar o máximo dos alunos, mas sem exageros. Um modelo que no fim garanta que a informação ficou retida. Essa será a forma correcta de abordar o problema e acredito que é isso que se está a tentar impôr na disciplina de Arquitectura. No fundo têm havido bastante diálogo, tem havido bastante disponibilidade para compatibilizar, têm havido esforços na tentativa de melhorar o estudo individual e de estimular as capacidades de raciocínio e investigação. De certeza vai ser possível tirar boas conclusões desta experiência para o futuro, mas que não haja ilusões, no fim, o esforço vai ser maior que no passado e o seu valor quantitativo vai equivaler ao mesmo. No fim...ganhamos conhecimento.

Manuel Mendes

 

Prémio extra 1

Uma das grandes lacunas do ensino

Bem, a questão abordada no texto para nós comentarmos tem sido uma das grandes lacunas do ensino, a meu ver... Mas em todo o caso acho natural que assim seja e passo a explicar.
Sobre esta questão temos, principalmente duas abordagens distintas: uma é a que costuma ser utilizada no ensino secundário, que é um apoio bastante elevado dos professores, que por vezes é ainda reforçado pelos agora usuais explicadores. Esta abordagem centra-se por isso no conteúdo que é lecionado, isto é, tenta dar o máximo de conteúdo possível e o mais correcto possível, sendo o papel de aluno centrado em compreender aquilo que o professor lhe explica, tendo portanto como se costuma dizer "a papinha toda feita". Este método cumpre o objectivo que lhe é proposto, consegue-se com ele dar mais conteúdo e mais correcto. Mas como não há bela sem senão, este método peca por o aluno não aprender a aprender, com isto quero dizer a desenrascar-se sozinho e face a um problema tentar deslindá-lo sozinho, o que é essencial, a meu ver para a educação duma pessoa.
A outra abordagem centra-se precisamente neste ponto, em deixar o aluno desenvecilhar-se sozinho e procurar ele resolver os problemas e estudar por si próprio a matéria que lhe é proposta. Desta maneira, como é óbvio, o conteúdo é dado é com muito mais lentidão e muito menos preciso, sendo este o grande defeito desta abordagem.
Face a estas duas abordagens, temos um problema: qual delas escolher?
A meu ver nenhuma; se imaginarmos a nossa educação como uma recta resultante de dois eixos, eixos estes que representam precisamente as duas abordagens que referi, vemos que a forma da recta subir mais, é fazer uma distribuição equitativa das componentes pelos dois eixos. A educação ideal seria a articulação destas duas abordagens de forma ponderada, de forma a nos dar uma educação que tire o máximo proveito das duas abordagens e que reduza ao máximo os defeitos das mesmas. Ora esta articulação não é fácil e por isso eu digo que não é fácil resolvê-la, mas acho que cabe a todos tentar pelo menos implementá-la o melhor que consigamos.

Elísio Simão

 

Prémio extra 2

Ensinar não é só transmitir conteúdos e aprender não é só memorizar

No modelo de ensino-aprendizagem português existe um comodismo por parte do aluno que fica sempre à espera de respostas e que não tenta ele próprio procurar as suas próprias respostas.
Em Portugal ainda estamos inseridos em organizações autoritárias, com professores pouco livres, que repetem mais do que pesquisam, que não sabem comunicar e que não acreditam no potencial dos alunos. No entanto, é necessário transformar a educação num processo de comunicação aberta, livre entre professores e alunos e onde os alunos deverão ter espírito crítico expondo as suas ideias, ter a mente aberta a novos conhecimentos, ter o seu próprio processo de aprendizagem.
A aquisição da informação deveria depender cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens de forma rápida. O papel do professor é o de ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los nas diferentes matérias.
Existe ainda uma certa confusão entre informação e conhecimento. Há muitos dados, muita informação disponível mas nem toda é relevante. Conhecimento é a assimilação de informação que realmente interessa. A nível universitário o que se passa é que os alunos não vêm preparados do secundário e têm dificuldade em interpretar as questões que lhe são colocadas. Por isso é que para alguns alunos é como se fosse um choque quando se deparam com o processo de aprendizagem universitário. Por isso é que no ensino português tem que haver uma mudança de mentalidade por parte dos alunos e professores de modo a fazer com que o ensino evolua.

Mário Macedo

 

Restantes contribuições

(Ordem alfabética do 1º nome)

Quando chegar o dia em que vamos trabalhar, ninguém nos vai mandar decorar matéria, pois isso implicaria um total insucesso. Teremos que, pelos nossos próprios meios compreender e obter o conhecimento necessário para cumprir o pretendido.
Desta forma, penso que é fundamental termos na universidade um estudo mais próximo da realidade no mundo do trabalho! Para que tal aconteça, acho que devemos ter diferentes métodos de avaliação em diferentes cadeiras: resolver problemas que exigem ao próprio o estudo aprofundado da matéria necessária, recurso a literatura científica (em inglês, já que é a língua mais usada), apresentar trabalhos em português e inglês num anfiteatro cheio, aplicar conhecimentos teóricos apreendidos, etc, apesar de uma grande percentagem de alunos preferir o método de avaliação utilizado até ao 12º, visto que teriam melhores notas com menos esforço. Compete aos professores não serem demasiado radicais na mudança por motivos óbvios.
Alguns destes pontos são praticados na cadeira de AC. No entanto, verifico que durante as aulas há uma maior preocupação em tirar dúvidas do que em dar calmamente a matéria. Será a melhor opção e a mais próxima do nosso futuro??? Isto contribui de facto para que façamos investigação, mas penso que não é esta a melhor maneira. Por outro lado, a avaliação contínua ajuda bastante para que a investigação a fazer não seja demasiado extensa e obriga-nos a fazer um estudo contínuo.
Quanto às perguntas eliminatórias, contribuem para que tenhamos as bases da cadeira, mas penso que é um método muito radical de o fazer, comparando com o nosso passado. Os trabalhos de casa semanais e os testes são uma boa ideia desde que não impliquem horas de trabalho em demasia – o que não se tem verificado.
Concluindo, o método de avaliação utilizado em AC é interessante, mas penso que precisa de ser melhorado.
Adriana S.

A ideia trasmitida pelo texto dado é errada embora não totalmente! Não podemos generalizar pondo todos os alunos num todo, embora a maior fatia, se limite a decorar aquilo que esperam que o professor lhes ceda. Não nos podemos esquecer, dos que não se cingem a decorar e se preocupam em perceber o porquê e como é que cada coisa se processa. Nem sempre a busca pelo conhecimento dá frutos, pois a informação encontrada pode conter lacunas e erros, o que faz com que muitas vezes se aprenda de forma errada.
É verdade que grande parte dos alunos vem mal preparado do ensino secundário, sendo esta uma das causas dos entraves encontrados após a entrada no ensino superior, daí uma grande dificuldade de habituação dos alunos ao tipo de ensino com que se deparam.
Ao nível da metodologia seguida nesta disciplina (AC) para aqueles que optam por decorar os conceitos, os apontamentos são disponibilizados. Mas, se no geral, o decorar não seja o mais aconselhável, no âmbito desta disciplina talvez menos ainda. Por isso, talvez os que mais beneficiam sejam os que procuram perceber o porquê e como tudo funciona. A melhor maneira de aprender é sem dúvida o entender ao invés de mecanizar o conhecimento, ainda que existam certos conceitos que são apenas da forma que nos mostram. A informação disponibilizada para os que querem saber mais é de todo importante ainda que nem sempre sejam explorados devido à carga de trabalhos existente entre as várias disciplinas do curso.
Em suma, como em tudo há prós e contras e talvez para mudar a mentalidade dos alunos que ingressam no ensino superior seja mostrar-lhes que a melhor maneira de alcançar o conhecimento é a busca do mesmo e não a prostração perante aquilo que lhes é dado. Assim, teremos e seremos melhores alunos e acima de tudo mais "conhecedores". Este é o conceito a incutir e mais importante que isso, o qual nós, alunos, não nos podemos esquecer.
Ana F.

Na minha opinião, o recurso sistemático à memória não é o mais indicado para o sucesso na aprendizagem já que a memória é “volátil” e memorizando o modo de resolução de um problema quando nos deparamos com outra situação não conseguimos assimilar os conteúdos memorizados com o problema que nos é proposto. Daí, que a compreensão da matéria e saber o porquê da resposta a um problema seja a melhor forma para termos sucesso na aprendizagem.
É verdade que os estudantes preferem que os professores lhes forneçam toda a informação, isto porque o método de que o aluno deve trabalhar por si só para conseguir ter apontamentos de estudo requer tempo e trabalho, já que primeiro temos de pesquisar de seguida seleccionar a informação pois, hoje em dia temos muita informação disponívél e temos de fazer uma selecção na medida em que o excesso de informação também pejudica o estudo,e para a carga horária que certos alunos como eu têm torna-se dificíl pôr este método de estudo em prática, mas, talvez não seja verdade que nós estudantes não gostemos de pesquisar e encontrar por nós próprios o nosso material de estudo, talvez o problema também esteja no modo como fomos habituados no passado,e todos nós sabemos que os hábitos adquiridos são difíceis de mudar, deste modo é nos díficil adoptar um novo método, mas, na minha opinião o método que se tenta implementar nesta disciplina é o melhor já que os que os alunos aprendem a pesquisar e seleccionar o que é mais importante sobre cada matéria dada, na medida em que no futuro profissional que se encontra próximo, temos de saber ”sobreviver” sozinhos, uma coisa que eu acho lamentavél é que só agora depois de quase quatorze anos de estudo nos preparem a sermos mais independentes na nossa vida .
Ana R.

Em relação ao texto que nos foi dado a comentar, julgo que reflete bastante bem o que se passa com o estudante actual. Este quer aprender “automaticamente” as coisas e responsabiliza o professor por essa aprendizagem, o que leva muitas vezes à velha história do: “a cadeira é fácil, mas não a consigo fazer porque o professor não sabe explicar!”. A metodologia de ensino-aprendizagem que o professor pretende para AC é, a meu ver, bastante lógica e correcta. Algum dia teremos que aprender a aprender! Mais vale que seja agora. Por outro lado, se os alunos forem “obrigados” a trabalhar e aprender por si próprios acabarão por deixar os comentarios e as atribuições de culpa aos professores para trás, pois descobrirão que afinal a culpa é deles. Acabarão por cair na realidade e abrir os olhos. Tambem é verdade que não vimos preparados do secundario para a vida universitaria, mas, mais uma vez, tambem temos culpa. O unico problema do esquema somos nós, os estudantes. Tenho que reconhecer que não me atrai muito a ideia de ter que trabalhar tanto para as outras cadeiras como trabalho para AC. A preguiça está demasiado enraizada no estudante actual. Querem as coisas feitas por eles, e se não der, querem-nas rapido e facil. Mais uma vez, a lógica do que o professor está a tentar fazer.
Aproveito esta oportunidade para agradecer ao professor a atenção e preocupação que nos está a dar. E agradeço tambem que continue com a actual politica e continue a “fazer-nos trabalhar”. Sem esse apoio provavelmente voltaremos à velha tactica do estudo na semana anterior ao exame.
Ângelo D.

Aprender/descobrir vs Memorizar
A nossa maneira de ser, de agir, de pensar é influenciada ao longo da nossa vida por tudo que nos rodeia, por tudo que vemos, ouvimos...
Uma constatação: As pessoas são passivas.
E porque será?
As pessoas da idade da minha mãe, (que é Jardineira da Camara) ou mais velhas como a minha avó, talvez não tenham tido formação suficiente, talvez...
Mas os jovens de hoje!... Estuda-se cada vez mais até tarde...
Será que este estudo está vocacionado para que as pessoas em vez de serem uns simples espectadores sejam antes uns críticos do que vão absorvendo, ou só absorvem? Será que os professores ajudam?
Pois eu acho que de uma maneira geral não ajudam. Quando um professor numa cadeira qualquer nos diz "o mais importante é esta parte da mateira, a outra não importa", isto já no Básico, depois do Secundário, como é que se vai desenvolver a nosso gosto por pesquisar e ir talvez através da descoberta um pouco mais longe. Acontece que não vai.
Como no inicio dizia "A nossa maneira de ser, de agir, de pensar é influenciada ao longo da nossa vida..." esta abordagem têm que vir desde a primária se não a menos que a pessoa goste mesmo do que esta a estudar...
Outra coisa que não ajuda é quando estamos em algo que não gostamos. Se não gostamos nem sequer sentimos vontade de querer aprender e memorizar torna-se talvez mais facil. Aqui já não estou tão ciente de que será verdade mas...
Não é muita coisa mas é algo que tenho vindo a reflectir e aqui está a minha reflexão.
Bruno S.

Espero que a minha experiência sirva como exemplo para os outros alunos.
No ano passado, na cadeira de Arquitectura dos Computadores, fiz como muitos estudantes,copiar as resoluções dos trabalhos para casa sem perder muito tempo a perceber a matéria e decorava o que era preciso saber.
Mas cheguei a conclusão que não era o melhor método porque cansava-me muito mais, não aprendia nada e depois de algum tempo não me recordava da matéria.
Este ano vejo Arquitectura dos Computadores com outros olhos, devido a ter escolhido a avaliação B porque abriga-me a tentar perceber, pesquisar documentações sobre a matéria e não decorrar apesar que a sempre qualquer coisa que temos que decorar como palavras novas, novas fórmula e por isso não se torna tão cansativo.
Agora, vejo que realmente Arquitectura dos Computadores é uma cadeira importante para quem estuda na área de informática.
Celina R.

"(...)students often have a misconception that significant learning means memorizing, not learning to reason about alternatives."
Do ponto de vista de um aluno de MCC, a capacidade de memorizar não é fulcral pois o raciocínio matemático construi-se a partir de conceitos que tem de ser compreendidos e não decorados.
"(...)Students wish their expert teacher to provide single right answers, while teachers wish that the students pursue their own investigations, coming with their own solutions."
Torna-se difícil ,com uma carga de trabalho como a que está sujeito um aluno de MCC, acompanhar a matéria leccionada nas diversas cadeiras, e ao mesmo tempo prosseguir com um estudo detalhado sobre algo em especifico. Esse tipo de investigação de que fala o texto deve, na minha opinião, ser feito nos trabalhos práticos, deixando estes de ser uma aplicação directa do que se aprende nas aulas e passando a ser um "mapa dos caminhos" que devemos percorrer até chegar à solução. Desta forma saberíamos aplicar o método, e o porquê deste método.
"(...)Students are unprepared for the reading demands[at university] because they have not had to read in high school."
Esta parece-me uma falsa questão. No secundário existem muitas obras de leitura obrigatória, no entanto, a componente de leitura não tem, do meu ponto de vista, cumprido o seu papel pois esta tem uma função de iniciação á leitura, que deveria ter sido feita anos antes, o que faz com que as pessoas cheguem ao secundário mal preparadas e não conseguem apreciar o livro tornando-se a leitura chata e enfadonha. Experiencia que marca.
Daniel M.

A maior parte dos alunos sai do secundário sem qualquer tipo de preparação para o ensino superior e esperam que na universidade os professores continuem no mesmo estilo.
Esse ensino, em que o professor espera que os alunos memorizem palavra por palavra todo o seu ensinamento, sempre me pareceu inútil, pois é o tipo de sabedoria que se adquire para o dia do exame e prontamente varrido da mente no dia seguinte. Julgo nao ser esse tipo de ensino o que se pretende num ensino superior, e que tem como resultados recem formados que nem sequer sabem preencher um envelope com remetente e destinatario, o tipo funcionario que nao esta minimamente preparado para trabalhar onde quer que seja.
No meu entender cabe ao professor saber fazer os seus alunos chegarem aos resultados pretendidos, guiando-os pelos caminhos correctos, deve mostrar as portas e atravessá-las no âmbito de uma descoberta mutua. Só se aprende com o exemplo.
Tal como na vida o equilibrio sera a chave de todo este processo, saber motivar os alunos, saber que informação por à disposiçao (demasiada materia, impede os alunos de se conseguirem concentrar no essencial/importante que por vezes acaba por lhes passar ao lado), e com a consciência necessaria para se establecer uma base de relaçao humana de mutuo respeito, pois antes de serem Professor/Aluno sao pessoas, com vidas e familias.
Lembro-me no meu ano de caloiro o primeiro choque que tive com a realidade distante com os professores da universidade, passou por ter chamado "prof" a uma professora de matematica cujo nome agora ja nao me recordo, e a senhora ter-se voltado do quadro chamando-me à atençao em frente a um anfiteatro repleto de alunos de Matematica e MCC que era Professora e nao "prof". A força do habito de tantos anos a dirigir-me a quem lecionava daquela forma.
Deixo finalmente a minha critica ao modelo Eliminatorio da disciplina, sei que o professor o criou para para nos fazer estudar, mas acho que da maneira como esta feito, os alunos que forem sendo eliminados do sistema B vão deixar de trabalhar para a cadeira, e de aprender em continuidade como era pretendido, sabendo se calhar alguns deles ate responder a questoes mais complexas mas terem falhado nas mais simples, Talvez fosse mais motivador termos na mesma os mini-testes, mas, eliminatorios se nao atingissemos 50% da cotaçao do mesmo, e sendo apenas revelados os resultados na ultima semana, de forma a que mesmo sendo eliminados, tivessemos estudado de forma continua e estarmos melhor preparados para o exame final.
Fernando M.

Muitos alunos pensam que para aprender algo, é necessario decorar, e não perseber o porque das coisas.
Na verdade, é muito mais facil ver uma resolução ja feita de um dado problema, e achar uma solução logica, do que pegar num exercicio e o fazer do principio.
Claro que apesar de ser a mais aliciante, e a mais escolhida, os alunos que seguem esse metodo, tem tendencia a "encaixar" tudo na cabeça, e num dado momento despejá-la toda sobre a mesa.
Sem saberem justificar o que fazem, apenas dizem, que as coisas são assim por ser.
Do genero, "o sol nasce todos os dias". Porquê? "porque sempre foi assim".
Não chegando neste caso a conclusão, que o sol nasce todos os dias porque todos os dias, ele dá uma volta ao planeta, e como o planeta é rendondo...
O que se pertende nesta reflexão, é relacionar a metodologia deste tipo de ensino, com a metodologia do sistema que se segue em MCC/AC.
É facil saber a relação, ao sermos levados a fazer os trabalhos de casa por nos proprios, aulas praticas mais "praticas", onde cada um trabalha para chegar as suas conclusões, correcção do tpc e aulas de ensino apoioado. Tudo isto contribui para que os alunos, se esforçem em saber como é que as coisas são feitas, os erros, nas correcções ir-nos-a ajudar a perceber onde falhamos e porque, tal como todo o esclarecimento de duvidas que podemos fazer sempre que quisermos.
Seria se calhar mais reconfortante se o professor nas aulas, despeje a materia, e so nos era obrigado a passar po caderno.
Mas a garantia que, quando chegarmos a altura do exame, tudo aquilo que passamos para o caderno, não estaria nas nossas cabeças, pois, como apenas nos limitamos a ler o que la esta, não iriamos perceber o que nos é pedido.
Enquanto se chegarmos la por nos proprios e descobrindo os nossos erros, nunca mais iremos esqueçer o que aprendemos.
"Genio, é 1% inspiração, 10% transpiração"
Hugo C.

Reflexão ao método de estudo aplicado nos nosso dias.
Os estudantes hoje em dia estão “habituados” a ter a matéria necessária para passar à disciplina/cadeira, pois sabem que basta estudar aquilo para ter uma boa nota no exame.
Mas eu penso que essa maneira não será de todo a melhor maneira de nos preparar a nós estudantes para o mundo fora da escola, para melhor nos preparar para uma boa aceitação num emprego futuro. Pois se o professor em vez de dar toda a “papinha” feita, nos der tópicos para pesquisa isso possivelmente constituirá como uma melhor preparação para o futuro.
Mas infelizmente, os estudantes já estão habituados e geralmente preferem o método tradicional pois é mais fácil pura e simplesmente, pois esse método é aplicado há mais de 12 anos na vida de cada estudante. Por isso é necessário que a mudança seja implementada suavemente, pois senão trará um aumento da dificuldade à matéria que se quer aprender.
É nisso que eu acho que está-se a passar na cadeira de AC, sim é muito bom sermos “obrigados” a fazer pesquisa, mas penso que também assim com este método de estudo estar a ser implementado todo de uma vez, faz com que exista um acréscimo da dificuldade da cadeira. Pois gasta-se demasiado tempo a procurar a matéria necessária para se ter uma boa nota e se se fizer isso então estamos a desleixar as outras cadeiras. E isso é inaceitável!!!
Na minha opnião a carga de trabalhos que se tem em AC deveria ser reduzida, pois se tivermos que escolher entre fazer a cadeira de AC com uma boa nota ou prestar atenção a todas as cadeiras, então não haverá dúvida na minha parte, pois para uma boa preparação para o futuro é necessário estar dentro dos assuntos, nem que seja um pouco fornecido apenas pelos porofessores, do que apenas talvez perceber apenas mais ou menos a matéria referente à cadeira de AC.
Por isso será que o caminho tomado pelo professor será o melhor? Talvez, mas precisa de ser um pouco melhorado.
João Manuel C.

No texto a comentar é enunciado que os professores preferem que os alunos descubram as suas próprias soluções para os problemas .
Isto é um facto que tenho verificado em AC, o professor realmente prefere que cada aluno tente chegar às soluções dos problemas pelos seus próprios meios,no entanto cada aluno depara-se sempre com dificuldades ao tentar seguir este caminho, preferindo o caminho mais fácil que é decorar ideias e soluções para exemplos concretos.
Pode-se dizer que isto acarreta uma conclusão imediata,os alunos apenas conseguem resolver problemas muito semelhantes aos anteriormente resolvidos.
Assim creio que a nível da aprendizagem, tentar chegar às soluções pelos nossos próprios meios trás melhores resultados e permite adquirir mais conhecimentos.
A nível da metodologia de ensino creio que o professor procura divulgar as ideias de forma concreta, no entanto procura divulgar apenas o essencial, fazendo com que cada um procure complementar os conhecimentos investigando soluções alternativas.
Posso acrescentar que este método de ensino trás um grave problema, pois nem todos os alunos tem a masma capacidade de investigação, que aliás penso que para a maioria só começa a ser usada com a entrada no meio universitário, surgindo assim uma divergente forma de abordar a disciplina por parte dos alunos,à aqueles que procuram levar os conhecimentos já adquiridos para as aulas práticas, servindo estas para os cimentar, aprofundar, ou esclarecer dúvidas. Ha no entanto outra parte que serve-se das aulas práticas para um primeiro contacto com as matérias lecionadas, cimentando mais tarde os conhecimentos .
Assim creio ser essencial para atingir o sucesso na disciplina de AC ,investigar bastante,de preferencia antes das aulas práticas de modo a que nestas se possam complementar as ideias e conceitos divulgados pelo professor.
João Pedro C.

Com base nas afirmações apresentadas na questão proposta e na ideia transmitida pelo docente da disciplina de A.C., creio que grande parte dos alunos universitários não possuem alguns dos requesitos necessários no que diz respeito à aprendizagem universitária.
Nesta disciplina, é notória a grande diferença na metodologia de ensino em relação às restantes; diferença esta que se baseia, numa aprendizagem contínua constituida por trabalhos para casa semanais obrigatórios, testes quinzenais e duas fichas de avaliação ao longo do semestre. Todos estes elementos de avaliação são importantes, não só para o docente poder adquirir mais informação sobre o aluno, mas também, e principalmente, para nos obrigar, a nós, alunos da Avaliação B, a consolidar a nossa aprendizagem ao longo do semestre, evitando assim a tal aprendizagem com base na memorização, já que esta é feita incrementalmente, sem necessidade de tal meio que obviamente não é tão eficiente.
No que diz respeito ao facto dos alunos procurarem aprender por si sós, no meu entender, é bastante importante, já que é o tipo de aprendizagem que mais nos vai ser útil ao longo da nossa vida profissional. Para tal, na disciplina de A.C., o que o docente nos propõe, é isto mesmo, o que na primeira perspectiva não cativa muito os alunos, nem os empenha para tal, mas que ao longo do semestre, tal facto se vai consumando.
Por fim, creio que o trabalho de investigação e de leitura é bastante importante, não só para a nossa aprendizagem, mas também para a nossa formação universitária, objectivo este pretendido pelo docente da disciplina.
Luís R.

Os estudantes preferem memorizar a aprender a verdadeira essência dos problemas, pois aprender não significa memorizar as diversas ténicas e fórmulas, mas sim, investigar o porquê de elas serem da forma como são, até porque existem casos de técnicas/fórmulas que podem ser melhoradas, isto se houver pessoas/estudantes que se dediquem à investigação, pois é através da investigação que adquire conhecimentos, assim como novas técnicas de resolução de problemas que poderão aparecer num futuro próximo.
Concluindo, memorizar não significa aprender, aprender significa aplicar os conhecimentos adquiridos, a qualquer situação, enquanto que se memorizar não se saberá aplicar a outras situações mais complicadas.
O mesmo se passa com AC, que pretende despertar a auto aprendizagem de forma a que estejamos aptos a aceitar qualquer desafio, sabendo sempre que é preciso nos adaptarmos às novas tecnologias.
Luís S.

Penso que as afirmações relatam um pouco o que se passa na disciplina de Arquitectura de Computadores ainda que haja um esforço por parte dos docentes para alterar os factos.
No que toca ao conceito de aprendizagem dos alunos concordo que na maioria das vezes o aluno é induzido em erro a tentar memorizar algo em vez de tentar perceber como e o porquê do assunto em questão. Por exemplo, no que toca à matéria leccionada referente à vírgula flutuante, se calhar os alunos preferem decorar a fórmula com a qual obtêm o respectivo valor do que tentar perceber o porquê de utilizar aquele método e não outro.
Outra questão será o que os alunos esperam das questões às quais têm de responder. Os alunos por vezes cometem o erro de esperar que a sua avaliação vá ser baseada em perguntas com respostas objectivas sem necessitarem de fazer grandes investigações, já por sua vez, os docentes esperam que os alunos façam muita investigação e muita da sua aprendizagem parta deles mesmos. Um bom exemplo será as questões de desenvolvimento dos testes, os alunos provavelmente estariam à espera de respostas objectivas em que teriam "apenas" de efectuarem os devidos cálculos, ao contrário dos docentes que com este tipo de questões esperam desenvolver o espírito crítico e científico e a abordagem objectiva de certas matérias.
Para finalizar a verdade é que tudo isto, que é esperado pelos docentes, não é desenvolvido em bom tempo, ou seja, neste caso no secundário, e quando o aluno deveria ter alguma preparação depara-se com essa barreira que é o mau hábito adquirido antes da sua entrada para a universidade. Neste caso é preciso um esforço suplementar por parte de ambas as partes para poder superar tudo isso o que, na maioria das vezes e infelizmente, não acontece, quer por parte dos alunos, que não se empenham em mudar, quer por parte dos docentes, que ás vezes não estimulam esse hábito.
Márcio A.

A dualidade memorização/compreenssão
A metodologia aplicada no corrente ano na cadeira de ac vai de encontro a estas afirmações. O docente tenta que os alunos pensem por si proprios e como cientistas obtenham soluções baseadas nos seus conhecimentos, experiências e reflexões. O facto de um docente dar as respostas às perguntas mais pertinentes apenas apoia o metodo que erroneamente tem sido seguido no ensino secundario e que leva a uma falta de organização no raciocinio e na comunicação. Quebrando com esta linha de ensino os alunos podem desenvolver aptidões e conhecimentos mais consolidados, baseados na compreenção de factos e fenomenos e não na simples memorização sistematica de informação. Isto não passa de uma questão não de aprender apenas o quê mas sim, o porquê e o como sobre a materia lecionada chegando a estas respostas com acompanhamento do docente mas sendo as conclusões e a linha de pensamento exclusivamente do aluno. Memorizar e não questionar não consegue dar conhecimento suficientemente sólido para fazer face ao mundo competitivo de hoje. Este exige aos profissionais dinamismo e poder de raciocinio sobre os problemas, sendo preferivel uma abordagem mais direccionada à investigação e procura das respostas.
Nuno G.

Serem os alunos a fazerem as suas próprias investigações seria bastante interessante se os alunos tivessem uma preparação adequada de como fazer uma investigação (algo que talvez devesse ser aprendido no secundário).
E aí era provavelmente o melhor método de estudo, mas como tal não é feito, não devemos adoptar essa opção (dada no texto),nem a de o professor apresentar simplesmente os conceitos necessários tirando todo o trabalho do aluno. Deve-se sim criar um meio termo em que os alunos façam sim as suas próprias investigações, mas com uma base disponibilizada pelo docente da disciplina e que também sejam ajudados sempre que encontrarem dificuldades. Isto é basicamente o que esta a ser implementado na disciplina de AC, e que em minha opinião devia de ser feitos em todas as restantes. Em relação a esta disciplina e como este método é a primeira vez que está a ser usado pela maior parte dos alunos é necessário um esforço suplementar tanto do aluno para que depressa se habitue a tal método e do professor que tem que ter um pouco de paciência no inicio enquanto o aluno se habitua à nova experiência, não pode esperar que um aluno consiga resultados tão depressa como um que já esteja mais habituado com este método. Por último a falta de preparação que existe num aluno que chega á universidade para conseguir ler com aproveitamento textos técnicos principalmente quando estes não se encontram em Português (como é o caso do livro do Stallings).
Paulo M.

Em primeiro lugar,queria dizer que tinha uma ideia base sobre o que dizia no excerto que li,que era que para um estudante, ou outra pessoa aprender sobre um determinado assunto que tinha que investigar sobre o mesmo que tinha que cometer erros, só assim é que se aprendia de verdade e nao se cometiam os erros do "passado".
Depois de ler tambem,fiquei com a ideia que os alunos só querem é a vida facilitada pelo professor em questao e que este lhes deie a "papinha toda",ou seja que lhes deie o material,com a unica solução, onde os alunos a intrepetem como seja a unica possivel, e que a decorem.Acho que neste caso o aluno nao deve ficar conformado e deve pesquisar sobre o mesmo, para ver se realmente o professor tem razao, e deve buscar outras opções de resolver o mesmo problema.
Realmente depois de ler o excerto, acho que os alunos nao vêm preparados para o ensino superior, porque no secundario, os professores diziam-nos tudo, e a "solução possivel" para um ùúnico problema,diziam-nos como devia-mos fazer em relação a um determinado problema.Mas depois a chegada à universidade,e que acaso me aconteceu foi que nao estava preparado para enfrentar os problemas que me iam aparecendo, isto porque não tinha um metodo de estudo, e de resolver os problemas.Agora sei que se quero aprender de verdade sei que tenho que me esforçar mais e que tenho que pesquisar e mais importante, aprender com os meus erros.
Pedro C.

O comentário está absolutamente correcto; a maioria de nós tem a de tendência ler e memorizar, ao invés de entender qualquer material que nos é fornecido na forma de texto.
Mas a quem se deve a culpa?
À sociedade, que cada vez mais nos vê como um mero veiculo de lucro, pessoas que não devem questionar a verdadeira essência das coisas?
Uma sociedade na qual não estamos habituados a saber os 'comos' e os 'porquês' , apenas os factos (ou aquilo que somos levados a pensar que são os factos) e não o que se esconde por detrás deles?
Os professores do ensino secundário, que nos forçam o seu ponto de vista sob um qualquer assunto; o seu próprio?
O sistema que força esses professores a não terem de facto tempo para expor deferentes respostas aos problemas propostos, ou mesmo discutir/aceitar outras opções correctas que podem ocorrer a alguns de nós?
Ou talvez nossa, por nos deixarmos embalar na inércia que nos mantém neste caminho!?..
A resposta pode-nos iludir, possivelmente porque nunca nos damos ao trabalho para reflectir sobre ela.. tal como sobre tantas outras coisas.
Mas se não podemos mudar o mundo, talvez possamos (provavelmente devamos) mudar-nos a nós próprios de forma a responder a padrões de exigência mais elevados do que aqueles a que estamos habituados, e por conseguinte mudar um pequeno pedaço do mundo.
Renato R.

Ao contrário do que seria de esperar o metodologia de aprendizagem que os alunos usam nem sempre é a mais correcta. A afirmação em que os alunos confundem o significado de aprender com decorar, pode ser aplicada em muitos casos, mas não podemos culpar só os alunos, porque alguns professores não “forçam” os alunos a mudar a seu hábito de estudo.
No que se relaciona mais directamente com a disciplina de AC, foi-nos dado como escolha um método de aprendizagem que “obriga” os alunos a seguir de perto a disciplina, não deixando que os alunos acumulem matéria. Na minha opinião as vantagem que temos são menos um exame para estudar e a de nós aprender-nos e não tentarmos decorar porque temos muito menos matéria para estudar para os testes que são dados ao longo do semestre. Se deixarmos a disciplina só para a altura do exame não teríamos tempo para aprender, mas sim para decorar (memorizar) a matéria, despejá-la no exame e passado uma semana provavelmente já a tínhamos esquecido. Esta metodologia de ensino que o professor nos quer “obrigar” a ter só nos pode beneficiar, mas como tudo na vida também tem os seus contras. Se estivermos perante um aluno que tenha deixado cadeiras em atraso, será com muita mais dificuldade que ele poderá optar por esta metodologia, e assim não poderá ter acesso a um método de ensino que tenta fazer com que os alunos aprendam e não decorem.
Contudo defendo que devíamos ter esta metodologia desde o ensino preparatório, porque é aí que nós criamos os nosso hábito de estudo e não quando já estamos no ensino superior onde tudo é mais complicado. E por isso concluo dizendo que este método de aprendizagem traz benefícios para os alunos.
Ricardo P.

À medida que a informação se torna mais acessível, é fácil crer que tudo aquilo que se precisa saber está à distância de um simples toque numa tecla. Tal facto ocorre, também, no seio da educação.
Neste cenário, os indivíduos enquanto alunos tendem a relaxar-se e esperar pela informação que, afinal, está sempre tão perto! Por outro lado, os professores padecem de algo semelhante ao se permitirem obdecer a padrões mais ou menos rígidos durante todo o processo educativo, desde a simples preparação (ou não) das aulas até à avaliação, passando por todo o processo, maioritariamente de exposição unívoca, de leccionação.
De facto, nem sempre foi cultivada esta atmosfera de passividade para com todo o processo educativo; delegando para outros aquilo que também, e principalmente, nós deviamos fazer. Nos tempos antigos, onde o conhecimento ainda residia na fidelidade dos anciãos da tribo, aqueles que dele necessitavam procuravam algum que lhes ensinasse, ou seja, partilhasse com ele a sua sabedoria. Deste modo e face à escassa disponibilidade da plataforma de informação, os indivíduos teriam de ser mais activos para que todo o processo de evolução cultural se manifestasse.
Mais tarde, enquanto o conhecimento migrava do clero para o povo, o acesso à informação começou, timidamente, a ser generalizado. Agora já não fazia tanto sentido haver um mestre com um ou dois discíplos que com ele estavam para aprender um dado ofício. A massificação da educação tomava forma...
De maneira a controlar o volume crescente de conhecimento e alunos, surgem as infraestruturas como Universidades e outras escolas. Nas primeiras processam-se às demais investigações ou ensino avançado, primeiramente para elites e, depois, para pessoas de círculos mais largos, senão a todas - a chamada igualdade de oportunidades. Nas outras escolas, proceder-se-ia a uma educação mais básica e genérica visando a preparação dos indíviduos para as aptidões crescentes na sociedade.
Posto isto, é mais fácil entender de onde poderá ter surgido o conformismo e passividade dos tempos de hoje. A massificação do ensino e o elevado volume de conhecimento e aptidões socio-culturais, promovem a busca por meios mais "fáceis" e rápidos de as incutir. Deste modo, um professor vê-se na tentação de, restrigindo-se a estes ou aqueles meios, expôr; sem apelo à crítica por parte dos seus alunos. Estes, por seu lado, desde tenra idade, vêm os seus impulsos naturais de procura, pesquisa e crítica de toda a informação que os circunda; serem castrados quase à nascença.
Assim, a falta de treino na busca e selecção de informação, leva muitos alunos mal preparados para a sociedade (que padece directamente disso) ou para as universidades. Mas, e nestas? Existe lá, um verdadeiro ambiente de pesquisa e educação activas?
No caso das universades portuguesas, tal não se parece verificar. Aquele tipo de actividade parece distante, alvo de alguns alunos mais avançados ou de professores/investigadores. Note-se que no secundário os alunos vêm habituados a disciplinas, e quando chegam às universidades, surgem-lhes "cadeiras". Sugere-se assim, logo ao princípio, que nestas instituições, o que se vai fazer é estar sentado e absorver, qual esponja, o conhecimento de outros seres superiores; e esperar que um dia saibamos tanto como eles ou que nos concedam um diploma!
Esta visão não é pessimista, limito-me a relatar os factos tal como os sinto. E sei que há mais quem o sinta. Felizmente, existem pessoas que, por um lado enquanto professores (porque é deles que tem de vir a iniciativa, pois as crianças são, naturalmente, inquisitivas), pretendendo quebrar com a monotonia educacional, estabelecem novos parâmetros e elevam o ensino a algo activo, dinâmico que promeve a "fome" que os alunos devem ter de informação. Ainda, e para que essa informação seja útil e positiva, os esquemas de avaliação também são reajustados por aqueles professores. Por outro lado, enquanto alunos, e face a professores mais dinâmicos e abertos a um ensino activo, vêm a necessidade e qualidade inerentes de uma boa investigação ou crítica que, contrabalanceada com as de outros, incute um crescimento de saberes não necessariamente rápido mas de melhor qualidade.
De acordo com esta conclusão, insiro intervenientes a todos os níveis, desde o básico até ao universitário, nos quais incluo o processo inovador que se vem a desenvolver no âmbito da disciplina de AC.
Rui M.

No texto abordam-se duas perspectivas do que é estudar, se estudar é memorizar ou se é compreender. O dicionário apresenta várias definições: dar tempo e atenção para ganhar conhecimento, memorizar, observar hermeticamente, olhar com cuidado para compreender, considerar, e outras. Em quais eu devo confiar.
Ora estudar, segundo a minha perspectiva, é ganhar conhecimento. No entanto para ganhar conhecimento deve o estudante (estudante neste contexto não tem o mesmo significado de aluno, mas o significado daquele que estuda) estar interessado pelos temas estudados. Ora este interesse pelos temas por parte do estudante era motivado pela escolha dos mesmos.
A escolha dos temas já se faz actualmente, nas escolas e universidades, mas de uma forma implícita, quando se opta entre áreas do conhecimento, isto é, quando um aluno decide para que curso vai seguir. No entanto, estando o aluno num curso, não pode optar por um plano de estudos para cada disciplina ou cadeira, pois só lhe é permitido optar algumas disciplinas ou cadeiras, outras são impostas. O plano padronizado é imposto ao aluno de modo que o aluno perde o interesse pelo curso por ter de estudar temas que não gosta, mas impostos.
A minha sugestão, para criar um ambiente de estudo mais agradável para o aluno/estudante, baseia-se numa relação de equilíbrio entre o professor e o estudante, de tal modo, que o estudante não estudasse por obrigação, mas por gosto, mas que o professor não se sentisse prejudicado ao preparar os temas optados pelos estudantes.
Neste ambiente de estudo, os resultados da aprendizagem iriam ser melhores pelo facto de o estudante se encontrar motivado para o estudo, no entanto ainda é muito padronizado, pelo que se cada estudante tivesse um tutor os resultados ainda seriam melhores, pois o ritmo de estudo, seria o ritmo do estudante.
Samuel S.

Parece bastante claro que o texto corresponde, de uma maneira geral, à realidade de grande parte dos estudantes universitários.
Quando um aluno se interessa pelo tema da disciplina poderá, eventualmente, fazer alguma pesquisa sobre o assunto. No entanto, isso raramente acontece.
Geralmente o aluno tem como objectivo aprender apenas o suficiente para ser aprovado à disciplina, comportamento que é por diversas vezes justificado pelo grande número de disciplinas atrasadas.
Os professores gostavam que os alunos investigassem sozinhos, servindo-se depois dos professores para esclarecer algumas dúvidas. No entanto, também devido à falta de método de estudo por parte do aluno, essa situação raramente se verifica.
A solução passará, portanto, pelo meio-termo. Uma solução que, simultaneamente, agrada a todos e a nenhuns.
É também óbvio que poucos são os estudantes preparados para uma boa leitura e interpretação do texto. Aliás, isso é facilmente perceptível assim que chegam à universidade, onde estão sujeitos a um grau de exigência maior.
Uma possível causa para esta situação é o facto de, no ensino secundário, quando seria suposto ler-se algumas obras literárias bastante "ricas", facilmente se verifica que a leitura da obra é substituída pela leitura dos resumos e textos de apoio. De notar que estes são, por diversas vezes, aconselhados pelos próprios professores.
Para terminar, e tomando-me como exemplo, são várias as dificuldades que enfrento quando tenho de elaborar um relatório para um trabalho prático, devido à dificuldade de percepção dos objectivos propostos pelos professores. Sou, portanto, um exemplo igual a tantos outros que passa neste momento por dificuldades, devido à falta de estímulos de leitura ao longo da vida.
Se o aluno, no seu percurso escolar for estimulado a interpretar e não apenas a ler, terá certamente mais facilidades quando entrar num nível mais exigente como o universitário.
Sérgio C.

Após ter feito uma reflexão sobre o texto, concluo que todos os reparos que lá são feitos têm a sua razão. Eu penso que o mal já vem de trás, isto é, no secundário estamos habituados a ter tudo de “mão beijada” e não nós próprios a fazer um esforço em pesquisar de livre e espontânea vontade material de estudo conveniente.
Assim sendo, não conseguimos criar uma cultura de estudo nossa e não tirando por isso maior partido do que melhor temos que é a nossa “massa cinzenta”.
Penso que o bom da pesquisa no estudo é permitir-nos ter uma maior abrangência acerca da matéria em questão e não restringirmo-nos à matéria que o professor nos fornece, de tal forma que adquirimos um conhecimento muito mais profundo sabendo bem os pontos fortes e fracos do assunto.
Penso porém, que sem muita organização, esforço e compreensão nada do que referi acima pode ser um beneficio para nós estudantes, pois sem uma boa capacidade de compreensão sentiríamos muita dificuldade em separar o importante do acessório, dada a vasta informação, que dispomos hoje em dia, na Internet.
Concluindo, é preciso muito trabalho, muito trabalho!!!
Simão C.

Em primeiro lugar devo dizer que infelizmente acho que as afirmações são verdadeiras, e como estudante também acho que é muito mais fácil haver uma verdade incondicional e a partir daí ser apenas decorar, do que tirar as nossas próprias conclusões e alternativas à resposta…É mais fácil mas não é o correcto!
É óbvio que os professores desejam que isso não aconteça, visto que o que hoje está certo, pode amanhã estar errado… É claro que o que os professores querem é criar os cientistas de amanhã, que são os estudantes de hoje, e para isso é necessário que os estudantes tenham espírito crítico.
Quanto a os estudantes não terem hábitos de leitura no secundário, é verdade, pois no secundário era tipo decorar as respostas que os professores davam, mas aí também não deito a culpa toda aos estudantes, porque muitas vezes os professores não tinham as devidas habilitações para leccionar a disciplina que leccionavam e não estavam abertos à discussão de ideias com os alunos, visto não estarem muito a vontade em determinados assuntos.
Por fim e não menos importante, no que diz respeito ao método de ensino-aprendizagem adoptado nesta cadeira, acho que os alunos têm de ter um constante acompanhamento dos assuntos leccionados assim como espírito crítico, nomeadamente devido aos trabalhos de casa, assim como aos testes periódicos, em que temos constantemente de procurar e “filtrar”(está aqui o espírito critico) informação dos apontamentos, da bibliografia recomendada e também da web.
Conclusão acho que este método será muito benéfico aos alunos, não só no que respeita a esta disciplina, mas também a outras disciplinas do curso, assim como também, na futura vida profissional de cada um, em que um espírito aberto a novas sugestões é sempre importante...
Tiago C.

Após a leitura destes excertos fica-se com a ideia de que os alunos tendem a tirar apontamentos de um modo acéfalo sem nunca tirar as suas próprias conclusões, aceitando que tudo o que o professor diz é a única resposta correcta e não procurando outras alternativas. Há alunos que, de facto, memorizam os apontamentos e a matéria dada sem nunca as pôr em causa, em alguns casos, apenas por preguiça ou pela simples ideia de conclusão do curso. No entanto, existem alunos que encaram a aprendizagem como algo sério e mostram que aprenderam não só a solução de um dado problema, mas também o modo como chegar a essa mesma solução.
Nos excertos também é comentado o facto que os professores pretendem que os alunos façam as suas próprias investigações. Ora, para que os alunos possam fazer as suas investigações também é necessário tempo. Contudo, não me parece que as universidades portuguesas promovam a investigação extra aula já que são das universidades na Europa com maior carga horária.
Relacionando isto com a metodologia que se pretende seguir na disciplina de Arquitectura de Computadores, na minha opinião, esta faz com que o aluno se aplique mais e seja obrigado a um estudo contínuo da matéria leccionada, deste modo promove não só o saber científico, como também apela ao espírito crítico.
Vítor M.

 

 

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Ultima Modificação: 24 Jan 2006