Arquitectura de Computadores |
FAQ's
Funcionamento da disciplina | Avaliação | Questões relativas a aulas | Questões de índole laboratorial
Ultima Modificação: 24 Jan 2006
departamento de informática |
(28-Fev-05)
"Quando uma pessoa tem um
azar e não pode vir a uma aula (indisposição ou outro motivo pessoal), como pode
justificar a falta?"
Basta enviar um email ao docente com a
identificação e justificação, no prazo de uma semana após ter faltado, indicando
no assunto - MCC/AC justificação de falta - e aguardando uma confirmação
do docente (máx 2 ou 3 dias) de que o pedido foi recebido e aceite.
(28-Fev-05)
"A descrição da metodologia
de avaliação fala de um caderno da disciplina individual. O que é ao certo isso do
caderno?"
Durante o Ensino Secundário, quer por pressão dos
professores quer por preocupação dos pais, as/os alunas/os foram treinados a
manter um registo das aulas (mais ou menos organizado), o qual usaram na
preparação para os testes, exames, . . .
No entanto, quando chegam à Universidade, a maioria vai perdendo esse hábito e
esquece o quanto isso lhe foi vantajoso anteriormente.
Curiosidade: na terminologia inglesa, usa-se muito a designação de logbook
para este tipo de caderno, mais conhecido entre nós também com o nome de "diário
de bordo", particularmente associado a pilotos (aviões e navios) e a viagens de
estudo/trabalho; na informática, todos os administradores de sistemas têm de
manter o seu logbook sempre actualizado com registo de todos os
eventos/anomalias ocorridos com cada sistema e respectivas causas/consequências
e resoluções; os vossos colegas das ciências experimentais (física, química,
biologia, geologia...) tb consideram indispensáveis estes cadernos,
especialmente para registo de todos os eventos no laboratório e/ou em visitas de
campo.
Qual é então a utilidade de manter um registo
actualizado e datado dos aspectos interessantes que cada um observou nas aulas e
sobre o trabalho efectuado no dia-a-dia?
Vamos apenas realçar os aspectos mais óbvios e pertinentes na vida de um
estudante que merecem registo no "caderno da disciplina":
• o logbook deve ser usado para: (i) registar
observações/comentários sobre o que se ouviu (nas aulas e não só), leu ou se
discutiu com colegas; (ii) anotar as fontes de informação a que se acedeu para
esclarecer um determinado tópico (um site na Web, uma pág do livro e qual livro,
um colega que afirmou e qual colega, ...); (iii) explicitar estratégias,
raciocínios e/ou cálculos feitos na resolução de problemas/exercícios ou no
desenvolvimento/construção/teste de programas e respectiva codificação com
comentários; (iv) colocar (anotando) questões/dúvidas sobre qq assunto
relacionado com a disciplina, quer escutado numa aula ou num programa de TV ou
no âmbito de uma outra disciplina, quer lido num site na Web ou numa revista
comprada no quiosque, ou num livro, o que evitará o acumular de dúvidas (na
mente, de forma não explícita), que mais tarde poderão trazer dificuldades (na
resolução de testes ou exames, por ex.); ...
• através do logbook cada estudante poderá observar a sua evolução no
processo de aprendizagem: saber que facilmente se consegue resolver um exercício
que há algum tempo nos parecia impossível é motivador para a continuação do
trabalho; conseguir relacionar as várias partes do estudo (matérias) é elemento
óbvio de uma boa aprendizagem;
• através do logbook o tutor (neste caso a monitora Alexandra, vossa
colega do 4º ano) poderá analisar e comentar o progresso de cada um, dando
pistas e indicações dos aspectos mais positivos, e simultaneamente chamando a
atenção de um ou outro facto que possa parecer menos correcto;
• utilidade mais óbvia do logbook: um registo personalizado de tudo que
cada estudante achou de relevante relacionado com a disciplina (pessoal, sim,
mas não deve ser um "diário" para registo de emoções...), para ser usado mais
tarde, não apenas no estudo para teste/exame, mas tb para uso futuro noutras
disciplinas (e na vida profissional) sempre que se necessite de conhecimentos
nesta área.
Algumas dicas importantes na organização de um
caderno tipo logbook:
• usar um caderno encadernado (sem folhas soltas) e numerar todas as páginas
logo antes de começar a usá-lo (nehuma página deve ser arrancada do logbook!);
• escrever sempre com caneta e não com lápis; nunca apagar nada do que foi
escrito; se achar que se enganou, cortar com um risco simples e repetir a
resolução; aquilo que cortou porque julgava que estava errado deve continuar no
caderno e legível por 2 grandes motivos: (i) se um dia mais tarde tiver uma
dúvida num pb do mesmo tipo, é bom saber que no passado já se cometeu um erro ao
tentar resolver esse tipo de pb, e assim não se repete o mesmo erro, ou (ii)
podem mais tarde descobrir que afinal até estava correcto;
• colocar sempre a data antes do início de um novo registo;
• registar sempre as fontes de informação.
(26-Fev-05)
"Posso usar sempre este
e-mail (não institucional) para comunicar com o professor sempre que tenha
alguma dúvida ou tenho que usar obrigatoriamente o e-mail fornecido pela
universidade?"
Sempre que eu precisar de contactar um/a
estudante (individualmente ou pela lista dos inscritos à disciplina) irei usar o
endereço institucional; contudo, não levanto qq objecção em ler msg's que venham
de outros locais (mas recomendo a indicação de MCC/AC no assunto), e poderei
mesmo fazer um reply para esse endereço^não-institucional, se fôr cómodo
e não me fôr explicitamente pedido para não o fazer.
(26-Fev-05)
"Como posso aceder ao e-mail
fornecido pela UM?"
Segui o percurso de quem entra na home page
da UM, e fui fazendo print screen; guardei as páginas principais num
ficheiro Acrobat aqui. Em caso de mais dúvidas,
sugiro que vá ao SAPIA (antigo CIUM) e pergunte lá.
(02-Mar-05)
"Quanto à disciplina de AC,
quando é que os alunos vão poder decidir qual o método de avaliação que mais
lhes convém (modelo de avaliação durante o semestre versus modelo misto)?"
Várias hipóteses se colocam:
- logo no início do semestre;
- depois de fazerem todos os testes;
- a meio.
Esta questão foi debatida nas sessões TP da 1ª semana de aulas, e chegou-se a um
consenso: a equipa docente vai admitir que os 2 primeiros testes tenham um cariz
experimental, pelo que uma pessoa só confirmaria a sua opção (de modelo de
avaliação) se se comparecer ao 3º teste.
(02-Mar-05)
"Sobre o modelo
"Eliminatório" da avaliação: acho que da maneira como está feito, os alunos que
forem sendo eliminados pelos testes vão deixar de trabalhar para a cadeira, e de
aprender em continuidade como era pretendido, sabendo se calhar alguns deles até
responder a questões mais complexas mas terem falhado nas mais simples. Não
seria possível retardar a divulgação dos resultados até ao fim do semestre, e/ou
dar mais uma chance aos que falharem nos testes (que até pode ser por azar), sem
serem forçados a abandonar a avaliação que contempla a sua participação ao longo
do semestre?"
Alguns comentários a esta questão sobre o modelo
"eliminatório":
- o objectivo deste ponto neste tipo de avaliação é mesmo identificar um
conjunto mínimo de conhecimentos/capacidades/aptidões genéricos e relativos
a uma dada disciplina (e que foram apresentados na pág desta disciplina como os
"resultados da aprendizagem"), para que qq pessoa - desde o docente de uma
disciplina mais à frente, a um potencial empregador - possa concluir que "este
estudante demonstrou que possui aquele conjunto mínimo de
conhecimentos/capacidades/aptidões"; tal só será possível se se tornar esse
conjunto obrigatório para se obter aprovação na disciplina; por analogia, se um
eng civil não souber construir fundações, o edifício/ponte poderá não cair no 1º
mês/ano, mas muito provavelmente ruirá; o mesmo se defende aqui: sem fundações
sólidas, não adianta argumentar que o resto da construção (eventualmente mais
complexo) está ok;
- retardar a divulgação dos resultados, tem 2 consequências; (i) uma
positiva, que é evitar que os estudantes "vão deixar de trabalhar para a
cadeira, e de aprender em continuidade como era pretendido"; (ii) outra
negativa, e que se resume na eliminação de um dos objectivos deste tipo de
avaliação contínua: manter cada estudante informado do seu progresso de
aprendizagem, através daquilo que é designado por "avaliação formativa", i.e.,
mostrar sempre o que cada estudante fez de correcto ou falhou num processo de
avaliação, para que ela/ele possa aprender com os erros; parece-me ser mais
importante apostar numa "avaliação formativa" com consequências;
- mais uma hipótese: a experiência mostra que quanto mais hipóteses
uma pessoa tem, mais as desperdiça; a prova disso é a falta de rigor no
desenvolvimento de software (nunca sai bem à primeira, ao contrário do que
normalmente acontece num projecto de engenharia civil), porque é tão fácil fazer
depois o debugging e a correcção... Além disso, cria uma situação de
injustiça para aqueles que se esforçaram, não premiando o mérito. Cada estudante
já sabe que tem sempre a hipótese de fazer o exame de recurso, e tem de assumir o
custo da sua falha.
(15-Mar-05)
"Os processadores da AMD utilizam
a mesma arquitectura dos da Intel, ou seja, a IA32? E porque é que dizem que os
da AMD são melhores
do que os da Intel? É por causa da cache?"
Quando se afirma que um dado processador segue a
Arquitectura da Intel de 32-bits (cuja sigla em inglês é IA-32), o que se está a
afirmar é que esse processador está conforme a especificação da Arquitectura do
Conjunto de Instruções (cuja sigla em inglês é ISA, Instruction Set
Architecture) de uma dada família de processadores de 32 bits, que um
fabricante (Intel) tornou pública e que assumiu, de certa maneira, a forma de
padrão ou norma (em inglês, standard).
Deste modo, qualquer fabricante poderá construir um processador IA32 sem ter de
pagar royalties a ninguém, desde que o seu processador execute o mesmo
conjunto de instruções produzindo o mesmo resultado. Poderá construir um
processador mais rápido, mais pequeno, mais barato ou mesmo que consuma menos
energia; depende agora do nicho de mercado que pretenda atacar, sob o ponto de
vista comercial.
Voltando agora ao caso dos processadores do concorrente da Intel, a AMD: há
vários pormenores da arquitectura interna de um processador que podem variar,
quando o objectivo é melhorar o desempenho, sendo os principais os relacionados
com a eficácia das formas de paralelismo ao nível da instrução (cuja sigla em
inglês é ILP, Instruction Level Parallelism) - com destaque para
pormenores de implementação do pipeline, da superescalaridade, e da
computação vectorial, muito usada em aplicações multimédia - e com a redução dos
tempos de acesso à memória - com destaque para a organização e tamanho de cada
um dos níveis de cache (estas questões de ILP e organização/hierarquia de
memória serão cobertos mais adiante).
Com tantas variáveis, não é possível afirmar qual dos processadores é melhor,
pois muito depende da aplicação (algoritmo, codificação, escolha do compilador e
dos parâmetros de compilação), da organização da memória primária, da eficiência
dos circuitos de interface entre o processador e os restantes circuitos/módulos
do computador (a este conjunto de circuitos chama-se normal e simplesmente,
"conjunto de circuitos", ou en inglês, chipset), da organização e
velocidade de transporte de informação dos barramentos de ligação, etc., etc.
Existem vários sites na Web onde são feitos vários testes a configurações
de computadores baseados em diferentes processadores (exemplos de sites:
ExtremeTech.com,
Tom's Hardware Guide,
ZDNet UK Reviews,
Ars Technica,
Ace's Hardware,
SysOpt.com,
Computer Reviews, ... ou então uma
lista de sites em
Technical Evaluations and Product Reviews), e neles é visível como as
variações de desempenho variam tanto de aplicação para aplicação...
(26-Fev-05)
"Numa das primeiras aulas
que o professor leccionou, falou de como o computador faz a conversão para o
sistema de numeração binário. Deu exemplos como transformar texto (caracteres
alfanuméricos) e números(inteiros e reais). Gostaria de saber, a título de
curiosidade, como é k um computador
interpreta os sons e os transmite ao utilizador?"
Vamos por partes:
a) Como é que o som pode ser representado de uma forma digital (ou numérica)?
Sugiro que visite este
sítio na Web.
b) Como é que o som pode ser representado digitalmente de uma maneira eficiente,
ocupando pouco espaço mas perdendo pouca qualidade com a compressão? Sugiro que
visite este sítio
na Web.
c) Como é que um computador produz os sons que depois seguem para os
auscultadores ou colunas? Sugiro que visite este
sítio
na Web.
d) E como é que as colunas transformam esses sinais em sons? Os links
anteriores têm sugestões para encontrar uma resposta...
(26-Fev-05)
"Como é que um computador
transmite informação para um outro computador no outro lado do mundo?"
Estão aqui muitos conceitos de base envolvidos, e
quase todos eles mais relacionados com as comunicações do que com a arquitectura
de um computador. Contudo, julgo ser possível apresentar algumas sugestões de
leituras (na Web) que permitem a obtenção de alguns conhecimentos rudimentares
(mas rigorosos) sobre o modo como algumas das comunicações funcionam.
Vejamos como:
- comunicações entre 2 (ou mais) computadores na mesma casa: este
sítio
expõe os conceitos principais sobre redes domésticas de computação, com links
para locais com informação complementar; obviamente que uma das actuais opções
mais atractivas é a opção sem-fios (com informação
aqui);
- comunicações com o resto do mundo, usando um fornecedor de serviços de
Internet (ISP, Internet Service Provider): opção mais em conta poderá ser
aproveitar a linha telefónica existente em casa, e usar um modem (mais
informações aqui)
para estabelecer uma comunicação assíncrona em série (mais informações
aqui);
se quiser aproveitar a linha telefónica e usá-la simultaneamente para voz e
dados com maior largura de banda, então poderá optar por um serviço de ADSL
(mais informação
aqui); alternativamente, se tiver um serviço de TV por cabo, poderá tb
usufruir dessa infra-estrutura de comunicações usando um cable modem
(mais informação
aqui).
(26-Fev-05)
"Como é que funcionam os
métodos de compactar ficheiros?"
Esta é realmente uma pergunta que não tem uma
resposta imediata, uma vez que os diversos algoritmos existentes estão muito
ligados, não apenas ao tipo de ficheiros que se pretende compactar, e tb ao
destino dos mesmos. Se o destino é uma outra máquina, então o algoritmo mais
adequado é um, mas se forem para serem recebidos por pessoas, então os
algoritmos tomam em consideração as diferentes capacidades de iludir os nossos
sentidos (a técnica para iludir a nossa audição é diferente da da nossa
visão...).
Assim, sugiro:
- uma introdução às técnias de compressão de ficheiros
aqui;
- uma visita a estes sítios que analisam de técnicas de compressão de
imagem e de
som.